quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Joana, a sonhadora

Numa cidade muito distante do interior da Bahia, morava uma sonhadora que se chamava Joana. Joana sonhava tanto, dia e noite, noite e dia, que sonhava pra dormir e dormia pra sonhar, mesmo que de olhos abertos. O mais incrível disso tudo era o tema dos sonhos de Joana. A única coisa que fazia parte dos sonhos de Joana era seu casamento com um príncipe encantado.
Para ela esse príncipe poderia até ser um sapo. Como Joana era uma moça pacata que não tinha contato com rapazes, resolveu então se inscrever num programa de TV chamado “O melhor do Brasil”. O programa começou e terminou do mesmo jeito, pois Joana não conseguiu encontrar um amor.
Frustrada e desiludida amorosamente, Joana iniciou sua vida religiosa e passou a viver de promessas à espera de um milagre. Cada dia que se passava Joana se envolvia mais com a igreja católica, que chegou até a acreditar que tinha vocação para freira. Sem hesitar, Joana decidiu entrar para o convento. Dentro do convento, Joana participava ativamente dos rituais religiosos e com toda sua carência amorosa ficou amiga de um padre chamado Maico.
Maico era um religioso muito afetuoso que dava atenção a todos os fi8eis da igreja, mas não sabia o que lhe esperava nessa amizade com a irmã Joana: uma paixão avassaladora que lhe fizera entregar a batina. Joana seduziu o padre e o fez ficar apaixonado por ela de tal forma, que Maico optou por abandonar a fé e viver intensamente aquela paixão.
Durante a convivência cotidiana, Joana e Maico não tinham maturidade para enfrentar os problemas do dia-a-dia e as crises conjugais e viviam em atrito o tempo inteiro. Tudo era motivo de briga: u7ma toalha molhada esquecida em cima da cama por Maico, uma tampa de vaso sanitário molhada de urina, a faca ou o garfo esquecidos por Joana na hora do jantar. Sem contar na marcação de horário que Joana fazia. Joana chegava cedo a casa e ficava aguardando Maico contando as horas, minuto por minuto. Maico sempre se entrava devido ao engarrafamento no transito e quando entrava pela porta da sala, Joana já explodia seus rumores sobre o esposo, lhe cobrando o horário de chegada e pedindo satisfações sobre por onde passou e o que fez durante o dia.
Produção coletiva
Por: Jaqueline dos Santos Ribeiro Amorim

Nenhum comentário:

Postar um comentário