quarta-feira, 7 de novembro de 2012

RESUMO: Manifesto da Poesia Pau-Brasil


RESUMO



ANDRADE, Oswald de. Manifesto da Poesia Pau-Brasil. In: TELES, Gilberto Mendonça. (Org.). Vanguarda européia e modernismo brasileiro. 11. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1992, p. 326 - 331.



           O Manifesto da Poesia Pau-Brasil foi lançado no Correio da Manhã de São Paulo, em 18 de março de 1924 por Oswald de Andrade. Assim como outros autores, Oswald já presumia em seus escritos o caráter modificador da realidade ao qual suas obras poderiam se prestar. O texto foca a necessidade de criação de uma arte que estivesse mais próxima do povo, com uma linguagem natural que fosse contra a prática culta da vida e que representasse a forma como de fato nos expressamos. Uma arte compatível com o povo brasileiro, com a cultura brasileira, visando assim ver escrito aquilo que de fato fizesse identificar-se com a obra. Uma poesia nacionalista que expressasse nossas raízes primitivas e não a importação de modelos estrangeiros, ou seja, uma arte com jeito dos brasileiros que tenham a “base dupla e presente – a floresta e a escola”. A literatura moderna expõe, principalmente, a união daquilo que é considerado antigo com o entendido como novo, do “ultrapassado” com o moderno. Oswald de Andrade difundiu uma nova concepção diante da literatura brasileira, livre dos modelos pré-existentes, sem nenhuma fórmula pronta, isto é, ver com olhos livres a nossa poesia. O autor cita elementos da cultura brasileira em seu Manifesto, como o carnaval, o sabiá, a hospitalidade de um povo sensual e amoroso, os índios, e como não citar o Pau-Brasil, que intitulou o Manifesto e que foi a primeira riqueza brasileira a ser explorada. Oswald nos apresenta a originalidade nativa, a geração futurista. Já no início do seu Manifesto, nos apresenta o desejo de representar a realidade, “A poesia existe nos fatos”. Oswald de Andrade faz uma crítica relevante aos Brasileiros que renegam o país em que vive, e aos portugueses, que se dizem os “descobridores” de nossa terra. Com o Manifesto, passa-se a obter uma nova visão sobre a sociedade brasileira. Assim, o que havia sido motivo de repressão agora era exaltado. A população brasileira, que anteriormente deveria importar elementos de outra cultura, agora passa a ser vista como exportadora de costumes, crenças e riqueza cultura. Portanto, a obra de Oswald de Andrade apresenta um caráter social que busca uma identidade cultural brasileira, baseada nas misturas entre as tradições e crenças brasileiras.


Por: Sandra Pierre de Almeida



terça-feira, 11 de setembro de 2012

I Seminário de Estudos Comparativos Brasil/Canadá


Acontecerá na UNEB - Campus V, o evento "Raízes do Cristianismo as Manifestações Interculturais Brasil/Canada. Com a coordenação da professora Alice Guimarães Valverde.



INSCRIÇÃO GRATUITA!!!
Local: UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA-DCH-CAMPUS V



Objetivo: Desenvolver estudos e pesquisas comparativos sobre as raízes do cristianismo e suas manifestações desde a sua origem e na contribuição da identidade cultural, histórica e ética na formação do povo brasileiro e canadense visando o estreitamento das relações internacionais e acadêmicas entre as duas nações envolvidas.


Programação:


17 de setembro 

17:00 Credenciamento
19:00 Abertura
20:00 Apresentação do projeto: "As raízes do cristianismo nas manifestações interculturais Brasil/Canadá"
20:30 Apresentação cultural
21:30 Encerramento

18 de setembro

08:00 Mesa Redonda: O diálogo do cristianismo com outras áreas do conhecimento. (O Cristianismo e a Filosofia, O Cristianismo e a Educação e O Cristianismo e a Psicanálise)
09:40 Coffee-Break
10:00 A formação da identidade judaíco-cristã
11:00 Palestra: O cristianismo e a psicopedagogia
12:00 Intervalo
13:30 Sessão de comunicação
14:30 Intervalo
15:00 Palestra: O cristianismo no discurso de Dom Quixote
16:00 Sessão de comunicação
17:00 Cultural com JECUNEB/GRUPO VIDA
18:00 Encerramento e entrega dos certificados

Visite o blog para mais informações: http://rcmibc.blogspot.com.br/


Por: Flaviane Gonçalves Borges

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

"O fantasma da Ópera": Livro e Filme



Em 1910 foi publicado pela primeira vez o livro “Le Fantôme de l'Opéra” (O Fantasma da Ópera) escrito pelo francês Gaston Leroux. Ele escreveu inúmeros livros, mas essa obra prima foi a que o tornou imortal. Essa novela francesa, inspirada da novela Trilby de George du Maurier, foi adaptada várias vezes para o cinema e teatro ao ponto de ser adaptada para o Teatro da Broadway[1], no qual é apresentado desde 1986. O livro foi traduzido para o português brasileiro inúmeras vezes e é considerado uma obra gótica, pois combina romance, horror, ficção, mistério e tragédia.
A história do livro “O fantasma da Ópera” (OFO) narra o triângulo amoroso entre um misterioso fantasma, grande cantor de ópera e compositor, que faz de tudo para cuidar excessivamente de sua aluna de canto e amada, Cristine Daaé. No decorrer do drama Daaé se apaixona por Raoul, um amigo de infância, que luta para ficarem juntos. Daaé, por sua vez, sempre ouviu o pai dizer que quando morresse iria mandar o “Anjo da música” para protegê-la. Daaé ficou órfã. Pouco tempo depois lhe apareceu uma voz masculina, ela logo imaginou que era o anjo da música e durante muito tempo apenas ouvia a voz desse anjo. Mas será que realmente foi um fantasma, ou é apenas uma história imaginária?
O fantasma morava no subterrâneo da Academia e era muito exigente, todo mês queria seu pagamento de 20 mil francos. Ele não aceitava negligências e queria que o camarote de número 5 nunca fosse ocupado, pois era dele. E, com todos os boatos sobre a existência do fantasma, os diretores (Moncharmin e Richard) não cumpriam as exigências que lhes eram feitas por acharem que alguém queria tirar proveito deles. E por eles descumprirem com os pedidos do fantasma, inúmeros fatos temerosos aconteceram no teatro.
Segundo Gaston Leroux, essa história é real e, no decorrer, ele mostra que conseguiu provas da suposta existência de tal criatura, se desprendendo da descrição detalhada do tempo, físico dos personagens, dentre outros fatores, que julgo desnecessário mediante essa magnífica narrativa, e se firma em detalhar a ação. E nesse clima de mistério, Leurox aponta e desvenda desde os fatos simples até os mais extraordinários e ainda faz refletir se o fantasma é merecedor do ódio do leitor ou do amor que o transforma em uma pessoa agradável.
Mesmo não tendo a presença da ópera musicalizada no livro, o leitor se sente agraciado e emocionado com a forma que as palavras são apresentadas e colocadas no texto. A literatura abre espaço para que o leitor imagine, crie e sinta todo o cenário que é apresentado no decorrer da história.
Trazendo teorias para este texto, os signos tratados são literatura e cinema, isso implica a semiótica[2], a qual não se adere apenas ao campo verbal, mas também ao não-verbal, e as múltiplas linguagens, o diálogo entre literatura e outras artes, neste caso, o cinema. Pode-se trabalhar, além disso, com a comparação entre dois textos diferentes, intertextualidade, multimodalidade e intermedialidade.

Os termos multimodalidade e intermedialidade (ou discurso interarte) (...) estão relacionados, basicamente, aos vários modos possíveis semioticamente para produções textuais que ultrapassam os limites do verbal para atingirem outros sistemas semióticos/linguagens. (MARINS, p. 1).

A intertextualidade se mostra presente no livro quando são citados nomes como “Romeu e Julieta”, de Shakespeare, “Don Juan”, “Vênus de Milo” e “Apolo”. Sabe-se que para uma adaptação o autor não precisa ser “fiel” ao texto de partida. A transformação do clássico OFO em filme, teatro e música, exemplifica a ligação entre vários sistemas de signos diferentes, nos quais cada autor que criou a nova obra não seguem os fatores idênticos da obra de partida. É preciso conhecer, então, os textos que fazem parte desse diálogo intermidiático. Vale ressaltar que as adaptações de “O Fantasma da Ópera” não seguem a mesma personalidade do fantasma.
O filme “The Phantom of the Opera” (O fantasma da ópera) foi dirigido por Joeal Schumacher, com roteiro de Andrew Lloyd Wbbere. A história começa em um leilão no teatro chamado “Opera Populaire”, em 1919. Entre os objetos leiloados encontram-se dois objetos da época do fantasma da ópera e a partir daí a história volta para 1870, nos bastidores do teatro, quando os componentes da apresentação estão ensaiando para mais uma atração.
Os novos diretores não obedecem aos comandos do fantasma da ópera (Gerard Butler), o qual se ira e encontra refúgio no amor que sente pela bela Christine Daaé (Emmy Rossum). Ele faz de tudo para defender a sua amada até descobrir que ela ama outro rapaz, o conde Raoul. O fantasma se ira contra Raoul, faz de tudo para separá-los, exigindo o amor da bela mulher e ameaçando-a para que ela aceitasse seu pedido de casamento.
O emocionante final do livro narra que Erik se comove ao perceber que Daaé só aceita se casar com ele para proteger Raoul, quem ela ama. Esse final é contado pelo próprio Erik, o qual vai até a casa do Persa – antigo funcionário do teatro – para dizer que iria morrer por não ter o amor da bela moça. Nesse dia ele conta que o olhar sincero de Daaé foi o estopim para amolecer o seu coração, e então, ele permitiu que ela fosse embora com Raoul, mas antes pediu para que ela voltasse para sepultá-lo com o anel que a entregou em pedido de casamento. Ela aceitou a proposta e saiu com seu amado.
A visita de Erik na casa do Persa tinha o objetivo de que este divulgasse no jornal da época seu falecimento para Christine Daaé saber quando iria procurá-lo. A narrativa do livro encerra assim: “E depois a caleça mergulhou na noite. O Persa tinha visto, pela última vez, o pobre infeliz Erik. / Três semanas mais tarde, o jornal L’Époque publicava este anúncio necrológico: MORREU ERIK”. (LEROUX, 1998, p. 307).
Como adaptação é uma recriação que se desapega da obra de partida e que leva traços de intertextualidade, o final do filme é um dos pontos que afirma a diferença entre as versões. Na apresentação da obra Don Juan Triunfante, escrita e apresentada pelo fantasma da ópera, Christine o humilha ao retirar a sua máscara para que o público visse o seu rosto desfigurado. Após isso, o fantasma indignado a leva para o subterrâneo do teatro, onde a narrativa se desenrola.
Raoul sai a procura de Daaé e do fantasma, quando acha-os começa uma discussão musicada em ópera. Então o fantasma manda a sua amada dizer se iria se casar com ele ou não. A resposta negativa o faria ceifar a vida de Raoul. Christine diz ao fantasma: “- Pobre criatura da escuridão que tipo de vida você conhece? Deus me deu coragem de lhe mostrar que não está sozinho” e o beija. Este ato o comove ao ponto dele permitir a fuga dos jovens. Christine devolve o anel para ele e sai com Raoul. Erik quebra os espelhos do quarto, mostrando-se embravecido, e foge.
A imagem final descreve o que pode ter acontecido com esse triângulo amoroso. Raoul, já idoso, vai até um cemitério e as cenas mostradas, sem falas, faz o espectador perceber que Christine faleceu em 1917 e que o fantasma da ópera continuava vivo, pois mostra uma imagem de uma rosa com o anel que Daaé tinha entregue a ele do lado do túmulo. Então, a cena do livro se inverteu. Pode-se apontar que esse diálogo abre espaço para que o leitor ou espectador aponte se o fantasma deveria seguir a vida sem o amor de Daaé ou falecer por falta desse amor.
Com tudo isso, pode-se ressaltar alguns pontos em comum entre os textos é: a ideia geral da história, o amor de Raoul e do fantasma por Christine Daaé; ambos se passam em Paris, expressam os bastidores teatro como um local obscuro; se aderem da vestimenta e linguagem da época; a nítida presença da ópera e do teatro, valorizando o nome das obras; a chegada dos novos diretores. E alguns pontos que diferem o livro do filme são: o leilão, a presença da ópera como forma de diálogo dos personagens; imagens (algo que no livro o leitor imagina); a desagradável voz de Carlotta; não é demonstrado a proximidade que Giry e o fantasma tinham no livro; a personalidade do fantasma é mais agressiva quando ele fica irado; a falta do personagem que age como o Persa. Ambos os textos são recomendados para o público que se interesse, ou não, por ópera, e por obras clássicas.

Por: Flaviane Gonçalves Borges



REFERÊNCIAS


CLÜVER, Claus. Literatura e sociedade. (pdf). Disponível em: <http://www.dtllc.fflch.usp.br/sites/dtllc.fflch.usp.br/files/LS%202_0.pdf>. Acesso em: 30 de jun. de 2012.

LEROUX, Gaston. O Fantasma da Ópera. São Paulo: Ática, 1998.

MARINS, Líliam Cristina. A circulação multimodal e intermidial do texto literário e sua recepção por alunos de letras. (pdf). Disponível em: <http://alb.com.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais17/txtcompletos/sem16/COLE_977.pdf>. Acesso em: 30 de jun. de 2012.

O FANTASMA da ópera. Direção de Joeal Schumacher, roteiro de Andrew Lloyd Wbbere. 2004. 1 Internet (143 min): sonoro. Legendado. Port. Disponível em: < http://www.youtube.com/watch?v=94j3y-9GRvw>. Acesso em: 08 de ago. de 2012.





[1] A mais prestigiosa forma de teatro profissional dos Estados Unidos.
[2] O nome semiótica vem do grego e quer dizer signo (significante e significado). Os maiores expoentes da semiótica foram: Ferdinand de Saussure e Charles S. Pierce.


terça-feira, 13 de março de 2012

A leitura na escola


O hábito da leitura deve ser colocado em prática desde a infância, pois na juventude terá amadurecimento intelectual, é o que afirma a especialista Regina Zilberman em uma entrevista para a revista “Nova Escola”. O leitor é beneficiado com o aperfeiçoamento da fala e da escrita além de adquirir conhecimento mais amplo do mundo e se torna mais consciente e criativo. A leitura na escola é fundamental para que o leitor de um conto ou poema seja o mesmo leitor de textos teóricos, estando, com isso, aptos a lidar com as inúmeras situações de comunicação, como a formal. Mas, o que deveria ser encarado por prazer as crianças e jovens afrontam por achar chato e obrigatório, então cabe ao professor mudar essa realidade.
As palavras estão presentes por todos os lugares e são indispensáveis para a comunicação, logo se percebe que é preciso ler para falar e escrever bem. O Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de Língua Portuguesa alerta que “O domínio da língua, oral e escrita é fundamental para a participação social efetiva, pois é por ela que o homem (...) partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento.”(1997, p. 15). Porém, sabe-se que a língua varia tanto geograficamente, quanto socialmente e cabe à escola tratar desse assunto como questão educacional. Para Zilberman, o professor de LP deve ter estratégias de ensino que façam os alunos se interessar pela leitura, lhes oferecendo materiais ricos em informações para formar bons leitores.
Imagem disponível em: educador.brasilescola.com
A falta de interesse pelo hábito da leitura da maioria dos jovens lembra a campanha da MTV Brasil que apresentava o logotipo “Desligue a TV e vá ler um livro” durante 15 minutos para incentivar o hábito de leitura da população. Segundo o PCN, “no que se refere ao fracasso escolar, tem sido a questão da leitura e da escrita” (1997, p. 19), com o rápido avanço tecnológico os jovens preferem buscar na internet um resumo de trabalho a ter que pesquisar em livros e tirar suas próprias conclusões. Essa facilidade deixou a leitura para trás, tornando então os vocabulários cada vez mais enfraquecidos. E para isso as escolas devem formar alunos capazes de dominar o vocábulo e produzir textos eficazes para as inúmeras situações, seja em conversa entre amigos ou em uma apresentação em público.

          Portanto, a boa interpretação da leitura forma uma sociedade mais crítica e informada. A leitura desde a infância forma futuros leitores que têm o poder da palavra, aprendem fazer política, promovem, opinam e exigem melhores oportunidades e condições de vida. O acesso às palavras traz liberdade de expressão oral e facial, é a melhor forma de ter o poder da verdade, de argumentar e se expressar devidamente. O crescimento intelectual se dá através da leitura, ler é a porta aberta para o futuro.


Por: Flaviane Gonçalves Borges


Resumo: "A Literatura Brasileira: Origens e Unidade (1500 – 1960)"

Flaviane Gonçalves Borges [1]

CASTELLO, José Aderaldo, 1921 – A Literatura Brasileira: Origens e Unidade (1500 – 1960). Editora da Universidade de São Paulo, 1999, p. 37 – 50.

O texto “Definição do Período Colonial” de José Aderaldo Castello faz um resumo conciso sobre as origens e sobre a unidade da literatura informativa, época em que as cartas escritas por navegantes e jesuítas formaram documentos essenciais para compreender a formação dos costumes da terra brasileira. Essas cartas são caracterizadas por serem as primeiras manifestações literárias no Brasil e permitem que os estudiosos interpretem o conhecimento cultural, histórico, interpretativo e estético. Explorando esse escrito é notável que a convivência dos índios com os colonizadores colaboraram para eclodir a diversidade cultural e o sentimento brasileiro. Ao analisar tal convivência o autor chega a conclusão de que o que contribuiu para a formação da identidade do país foram as influências internas, a dos colonizados, e externas, a dos colonizadores, propagadas naquela época. Se tratando da literatura brasileira o texto ressalta que o caráter e a cultura indígena os tornaram símbolos nacionais consagrados por autores do Barroco, Arcadismo, Romantismo e os modernistas inventaram novos padrões para o nacionalismo literário.  Esse texto está incluso no livro “A Literatura Brasileira: Origens e Unidade” de Castello, o qual se refere ao achamento do Brasil (XIV ao XVIII) pelos portugueses e espanhóis.

Palavras-Chave: Colonização; Literatura; Identidade; Indianismo; Nativismo.


[1] Graduanda na Universidade do Estado da Bahia no curso de Língua Portuguesa e Literaturas, tendo por orientadora a Professora Claúdia Albuquerque de Lima.

Como fazer um vídeo


Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=bpAhuFpnc-g&context=C434c4d0ADvjVQa1PpcFP7ZAO-Pns-yQaayV5whQd3sKxdgszp1KM=

Por: Flaviane Gonçalves Borges

sexta-feira, 2 de março de 2012

EM BUSCA DA EXPERIÊNCIA DOCENTE


As graduandas Jaqueline dos Santos Ribeiro Amorim e Sidna Santos Rodrigues do VIII semestre de Letras Vernáculas ministraram no XV Encontro Baiano dos Estudantes de Letras realizado na UNEB – CAMPUS V, um minicurso intitulado “A ideologia subjacente às letras de músicas brasileiras”, nos dias 13 e 14 de novembro de 2011, que contou com a participação de aproximadamente 40 graduandos do curso de letras de universidades do estado da Bahia.
O minicurso tratou de trabalhar de dia 13 de novembro com letras de músicas nacionais relacionadas a temas que contemplassem assuntos arrolados a mulher, tratando das questões de gêneros, ao negro e ao índio, abordando questões raciais e à Bahia com questões sobre a cultura regional, seguidas de suas análises escritas produzidas pelos próprios participantes, que posteriormente apresentaram suas produções textuais ao grupo.
No dia 14 de novembro foram apresentadas e discutidas no minicurso, concepções de ensino, sobre como se trabalhar com letras de músicas na sala de aula. Logo após a apresentação das teorias, foi proposto aos graduandos participantes, a elaboração de um plano de aula a ser executado com educandos do Ensino Fundamental II ou do Ensino Médio. No termino das produções os participantes apresentaram ao restante do grupo os trabalhos planejados.
No final do minicurso os participantes puderam fazer uma auto-avaliação escrita e comentada do minicurso ministrado e também deixaram suas críticas e sugestões. Após a apreciação do minicurso, foram entregues aos graduandos os certificados na condição de ouvinte.

Por: Jaqueline dos Santos Ribeiro Amorim

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

CORDEL DO CURSO DE LETRAS VERNÁCULAS DA UNEB CAMPUS V


Com minhas palavras humildes
Vim aqui pra falar
Do curso de Letras Vernáculas
Que na UNEB almejei estudar
Onde ampliei minha visão de mundo
E o meu jeito de pensar!

Ao mesmo tempo em que falo
Venho me despedir
Deste curso de Letras Vernáculas
E o que significou pra mim
Estudar nesta graduação
Onde agradeço o que aprendi.

Este curso é o melhor
Do campus V da UNEB
Do Departamento de Ciências Humanas
É só acessar na internet
Onde as notícias são divulgadas
Nos melhores sites da web.

Quando aqui cheguei
Não sabia o que me esperava
Tinha tanta teoria
Que eu nem comentava
O que eu devia fazer mesmo
Era seguir nesta estrada.

O curso era formado
Por três ramos da ciência
A Linguística, a Literatura
A Pedagogia, que inteligência
Tratando a educação
Com amor e paciência.

A Linguística, que interessante!
É a ciência da linguagem
Tem Semântica e Morfologia
Fonologia e Sintaxe
Mas é na historia da língua
Que fazemos uma viagem.

Eu não posso esquecer
Da literatura brasileira
Com documentos e registros
Da língua portuguesa
E a Crítica Literária
Entra nesta com certeza.

Este curso foi marcante
Na historia da minha vida
Aprendi muitas coisas
Que trouxe pra minha lida
Vou seguir os meus estudos
Nesta mesma linha ainda.

Durante todo o curso
O SIP me ajudou
O Seminário Interdisciplinar de Pesquisa
Um crescimento me impulsionou
Com alegrias e frustrações
Que a pesquisa me provocou.

Tem os encontros de estudantes
O ENEL para o Brasil viajar
Existe o EBEL na Bahia
Que no estado me fez passear
E o EREL do Nordeste
Que aquela região me pôs a visitar.

O Colegiado de Letras
Ficou mais organizado
Com a chegada de Mayra
Pois era muito bagunçado
Agora os trabalhos produzidos
Ficam todos arquivados.

Não posso me esquecer
De falar da coordenação
Que no Colegiado de Letras
Sempre dá confusão
Quando é pra ser coordenador
Ninguém se coloca a disposição.

Os funcionários que aqui trabalham
Tem muito a zelar
Pelo espaço acadêmico
Aonde pessoas vêm estudar
E todos que entram aqui
Não vêem a hora de se formar.

Pra cuidar dos projetos
Tem o Núcleo de Pesquisa e Extensão
É o NUPE responsável
Pelo apóio e execução
Dos projetos de pesquisa
Que envolve a população.

No dia da Consciência Negra
Tem o Fórum de pro igualdade racial
É o Santo Antonio Negro
Que presa pela inclusão social
O núcleo AFROUNEB
Reúne lá todo o pessoal.

Ao idoso está aberta
A nossa Universidade
No campus V acontece
O Ser Feliz Na Terceira Idade
Com atividades educativas
Que incluem o idoso na sociedade.

No Laboratório de Línguas
Acontece um curso inteligente
Que ensinam outros idiomas
Ao povo santoantoniense
Pois fica aberto à comunidade
O Núcleo de Estudos Canadenses.

É no Auditório Milton Santos
Que ocorrem os eventos
Palestras e apresentações
Mesas-redondas e julgamentos
De trabalhos desenvolvidos
Com alegrias e sofrimentos.

Na cozinha, duas pessoas
Cuidam daquele fogão
Preparam para os professores
Cafezinho, chá e feijão
Falo de dona Brosa e dona Dete
Que moram em meu coração.

Pra universidade melhorar
A biblioteca é importante
E está organizada
Com os livros na estante
Tem internet disponível
Pra dar apóio ao estudante.

Mas grandes contribuições
Trouxeram os professores
Que conhecem as teorias
E são mestres e doutores
Dentro da universidade
Existem como inspiradores.

Os professores de Línguística
Trabalham com o objetivo
Enquanto os docentes de Pedagogia
Na educação almejam o prestígio
Já os professores de Literatura
Lidam com o subjetivo.

Nunca vou me esquecer
Dessa universidade
Que marcou a minha vida
E mudou minha realidade
Pois professora hoje sou
E dou aulas na comunidade.

Pelos trabalhos acadêmicos
Eu sempre me interessei
Os resumos e resenhas
Aos professores entreguei
E o seminário pra estudar
A toda turma apresentei.

Letras Vernáculas é o curso
Dos melhores leitores
Que influencia os graduandos
A serem futuros escritores
Que um dia se torna
Ou mestres ou doutores.

Este curso da UNEB
Só tem a orgulhar
Professores e graduandos
Que nele vem participar
Já que na prova do ENADE
Só tira o conceito A.

É com muito sentimento
Que escrevo neste papel
Sobre o curso de Letras Vernáculas
Que não é de bacharel
Mas é de licenciatura
Aqui encerro o meu cordel.

AUTORA: Jaqueline dos Santos Ribeiro Amorim

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

TRENZINHO DE SUCATAS


MATERIAIS

» 01 tampa de creme dental
» 01 caixa de creme dental vazia
» 04 caixas de fósforos vazias
» 19 tampas de garrafas
» 01 refil de cola quente do fino
» 01 pistola de cola quente da fina
» 50 cm de barbante

MODO DE FAZER

1° passo » Coloque a pistola de cola na tomada, depois encaixe o refil de cola quente.
2° passo » Cole a tampa de creme dental na parte superior da caixa de creme dental vazia.
3° passo » Cole duas tampas de garrafas em cada caixa de fósforos, uma de cada lado.
4° passo » Cole quatro tampas de garrafas na caixa de creme dental, duas de cada lado, de modo que, a tampa de creme dental fique para cima, servindo como chaminé do trem.
5° passo » Cole o barbante embaixo da caixa de creme dental.
6° passo » Dê um espaço de dois dedos da caixa de creme dental e cole novamente sobre o barbante uma caixa de fósforos.
7° passo » Dê outro espaço de dois dedos após a caixa de fósforos colada e cole outra vez uma caixa de fósforos, de modo que, uma venha seguida da outra, servindo como vagões do trem.
8° passo » Repita o 7° passo até colar todas às caixas de fósforos.
9° passo » O trem está pronto para brincar. Divirta-se!

ADVERTÊNCIA! Brinquedo não recomendável para crianças menores de 3 anos por conter partes pequenas que podem ser engolidas.

POR: Jaqueline dos Santos Ribeiro Amorim

PÃO DE FORMA


INGREDIENTES

» 2 tabletes de fermento para pão
» 2 xícaras (chá) de leite morno
» 3 ovos inteiros
» 2 colheres (sopa) de margarina ou ½ copo de óleo
» 4 colheres (sopa) de açúcar
» 1 pitada de sal
» ½ kg de farinha de trigo
» 03 colheres de queijo parmesão ralado.

COMO PREPARAR

1° passo » Bata o leite, o fermento e duas colheres de queijo parmesão no liquidificador.
2° passo » Acrescente os demais ingredientes, menos a farinha de trigo, bata e despeje em uma tigela.
3° passo » Adicione a farinha de trigo à mistura batida na tigela e mexa com uma colher de pau.
4° passo » Despeje a massa em uma forma untada com óleo.
5° passo » Deixe a massa descansar de 15 a 20 minutos para crescer.
6° passo » Leve ao forno para assar entre 30 e 40 minutos até dourar.
7° passo » Polvilhe a superfície do pão assado com uma colher de sopa de queijo parmesão ralado.
8° passo » Espere esfriar e corte em pedaços quadrados para servir.

Rendimento: 12 a 15 pedaços
Custo total: +/- R$ 10,00

POR: Jaqueline dos Santos Ribeiro Amorim

O SONO ME PEGOU DE NOVO

  
Era domingo, 06 de agosto de 2006, o relógio marcava 09h quando todo mundo já havia acordado e um barulho intenso me fez levantar da cama apavorada com os cabelos em pé. Olhei ao redor do quarto e a cama da minha irmã já estava arrumada.
De repente pulei da cama e entrei no banheiro para usar a privada. Gaby, minha irmã, me gritava da escada, então ajeitei o cabelo para descer. Ela dizia frequentemente:
― Fica aí Dany com tua lerdeza que a gente já vai.
Lembrei-me do passeio ao clube AABB, sair do banheiro correndo, entrei no quarto e peguei minha sacola que já estava arrumada desde a noite anterior. Desci as escadas e peguei uma maçã na geladeira, já que não dava mais tempo para tomar café. Tive que sair rápido.
Ao sair, olhei o céu e percebi que estava lindo, bem azul com nuvens brancas e o sol radiante. Todos já me esperavam no carro. Gaby disse que tentou me acordar desde as 07h. Eu expliquei que meu celular não despertou porque havia desligado devido ao descarrego da bateria.
Papai já estava irritado comigo, ele não gosta de esperar. Outro dia chamou mamãe de aranha porque ela demorou de colocar o almoço, então saiu para comer uma quentinha na rua. Minha irmã colocou o fone do celular MP3 no ouvido para na escutar o sermão de papai pra cima de mim. Mamãe já estava acostumada com o velho, mas a bronca era minha. Morávamos na Boa Vista, uma região da zona rural de Santo Antonio de Jesus. Papai acordou cedo para abastecer o carro.  Ir ao AABB é uma ocasião especial para a nossa família, uma vez que não vamos lá todos os domingos.
Na verdade papai havia marcado um jogo com os amigos de trabalho e não gostava de se atrasar. Mamãe só fazia o que papai gostava. Ela ficava lá sentada na mesa com as mulheres dos colegas de papai, todas falando da novela das 09hs e conversando sobre pratos de comida, uma vez que ela não sabia cozinhar. O que mamãe sabia fazer mesmo era trabalhar de recepcionista naquela clínica laboratorial. Lá em casa, a empregada tinha que deixar o almoço do fim de semana pronto, apenas para ser esquentado no microondas. Eu sei que o maior sonho de mamãe era saber cozinhar para fazer comidas saborosas que agradasse papai, mas isso nunca aconteceu em 15 anos de casamento.
Verifiquei meu cinto de segurança e acabei pegando no sono. Tirei uma soneca. Seguimos a estrada com o som do carro ligado, cantando uma música chata de Silvano Sales. Papai dirigia a 80 km, mas tinha algo estranho no meio do caminho que o fez parar o carro de repente. Todos nós fomos arremeçados para frente do pára brisa, eu acordei na hora. Gaby bateu a cara na parte de trás do banco onde mamãe estava sentada porque estava sem o cinto de segurança. Ninguém sabia o que havia acontecido com papai e o carro.
Papai desceu do carro e descemos todas também. Gaby ficou machucada, num alvoroço que só e, mamãe foi passar pomada em seu ferimento. Quando cheguei com papai na frente do carro não dava pra acreditar. Papai acabara de assassinar um preá. Passou por cima dele, ficou estraçalhada, era fêmea, com as tripas saindo da barriga e os olhos esbugalhados para fora. Fiquei com pena do animal, mas papai matou-a sem querer. Foi horrível o acontecimento e papai ficou com remoço. Entramos novamente no carro e seguimos a estrada.
Finalmente conseguimos chegar ao AABB. O sol estava escaldante e havia muitos carros por perto. Quando entramos foi surpreendente. O AABB estava cheio de gente, e de gatinhos também, do jeito que eu gosto. Papai e mamãe foram ao encontro dos amigos e eu me aproximei da piscina. Fui arrumando minhas coisas e me instalando por ali mesmo, admirando os gatinhos e de minuto em minuto eu passava os olhos em Gaby.
Gaby brincava com as amigas pré-adolescentes filhas dos amigos de papai e todas chatas. Resolvi cair na piscina, pois o sol estava muito quente. Não imaginava o que me esperava por lá. Ao me levantar do mergulho me deparei com um rapaz que levantava simultaneamente comigo. Fiquei cega por ele que seguia os meus olhos com os seus olhos. Ficamos nos olhando cara a cara.
Sem graça, sem cor e sem sentir meus pés, resolvi sair da piscina. Ele veio me seguindo me perguntando o meu nome, eu respondi:
― Dany. Ele falou:
― O meu é Diego.
― Você mora aqui? Perguntou o Diego.
Eu respondi: ― Sim! Na Boa Vista.
― E você onde mora? Eu perguntei pra ele.
― Moro neste mesmo bairro, ao lado do clube.
Ficamos conversando a beira da piscina. Eu me secava com a toalha quando ele se ofereceu para me passar protetor solar e eu aceitei. Ele se sentou ao meu lado e falamos sobre vários assuntos. Nesse meio tempo a fome bateu e Diego me ofereceu um sorvete. Lógico que eu aceitei. Eu nem tava com tanta fome assim, mas estava achando ele lindo. Acabamos descobrindo que gostamos de coisas iguais ou parecidas. Conversamos tanto que o tempo passou e nem nos demos conta.
O AABB foi ficando vazio, o sol ficava frio e o dia começava a escurecer. Meus pais me chamaram para ir embora quando Diego me pediu meu telefone. Eu dei meu celular para ele e voltei para casa com a minha família.
Na volta pra casa papai e mamãe colocavam os papos em dias comentando os eventos ocorridos no clube. Eu nem estava prestando atenção no que eles falavam. Meus pensamentos só tinham um nome: Diego. Quando chegamos em casa, fui direto pro meu quarto colocar o celular pra carregar e tomar um banho daqueles.
Mamãe gritou:
― O jantar está na mesa!
Sentei-me à mesa, com o pensamento nas nuvens, fiz meu prato e comecei a comer. Terminei de comer e dei um beijo de boa noite em papai, outro em mamãe e outro em Gaby. Todos estranharam a minha atitude.
Fui dormir mais cedo, acho que o relógio marcava 19h. Peguei meu celular, tirei do carregador e coloquei ao lado do travesseiro. Eu olhava a lua da janela e só pensava em Diego. Olhava pra parede do meu quarto e só pensava em Diego. Em tudo que eu olhava só enxergava Diego.
Cansei-me de esperar o celular tocar que peguei no sono e dormir profundamente. Sonhei que meu celular estava tocando com o Diego ligando pra mim. Em poucos instantes parecia que o celular estava tocando de verdade. Acordei com o toque do celular em meus ouvidos. Quando atendi, disse:
― Alô!
Escutei o Diego falando:
― Alô! Boa noite!
Eu fiquei assustada com o coração batendo forte, quase saindo pela boca e respondi:
― Boa noite!
Em seguida, Diego falou:
― Só liguei pra ouvir tua voz e te dar boa noite! Estou com saudades! Amanhã nos falamos novamente?
― Sim, Claro!
Depois desse telefonema fiquei um bom tempo acordada pensando em Diego, meu coração batia forte no peito. Fui dormir como nunca tinha dormido antes em minha vida. Eu estava apaixonada, foi amor a primeira vista. Dessa forma caiu a ficha e eu percebi o que estava acontecendo comigo de verdade. Eu estava apaixonada. 
Caramba! Paixão parecia ser uma coisa boa, só que deixava a gente boba, parecendo criança quando ganhava um brinquedo novo.  Aquela noite foi a noite mais importante da minha vida, pois eu nunca tinha ido dormir daquele jeito. Ah!! Eu estava tão feliz e apaixonada que apaguei e nem vi. O sono me pegou de novo!

Por: Jaqueline dos Santos Ribeiro Amorim

PARÓDIA DA MÚSICA “HOJE A NOITE NÃO TEM LUAR” DE LEGIÃO URBANA


Um dia espero te encontrar

Quero esquecer o passado
De lembrar eu me cansei
Quando fiquei tão sozinha
Eu achava tão ruim

Nunca mais quero sentir
Aquela solidão apertar
Eu lhe pedia que nunca saia
Da minha vida você é a razão
E quem sofria era meu coração
Mas você me esqueceu
Quando chegava a noite
Eu ficava por ali
Camuflando os meus sentimentos
Que me impediam de sorrir

Você rasgou o papel
Que tinha escrito a nossa paixão
O nosso amor não acabava
Minha esperança só aumentava
E no silêncio eu escutava
“Te amo”, só entre nós!

Um dia espero te encontrar
Como cinderela
Viverei a te esperar
Até você chegar

Um dia espero te encontrar
Como cinderela
Viverei a te esperar
És o meu grande amor!

POR: Jaqueline dos Santos Ribeiro Amorim

A VIDA QUE NÃO É DA GENTE


A vida não tem dono
Porque a vida só pertence a Deus
Um dia Ele nos dá este dom
Um dia este dom ele tira.

A vida não pode ser mandada
Ela só pode ser vivida
Se aproveitando o que há de bom
Enquanto está sendo construída.

Enquanto vai sendo construída
A vida não pode ser tirada
É necessário responsabilidade
Pra não deixá-la maltratada.

O dom da vida é muito belo
Então por que maltratá-lo
A vida é um grande mistério
Que não pode ser desvendado.

A venda é o que dá a beleza
Dessa coisa tão bonita
Desse dom agraciado por Deus
Dessa dádiva chamada vida.

POR: Jaqueline dos Santos Ribeiro Amorim

MELANCOLIA


É um quarto escuro e espaçoso, quase vazio.
Vejo apenas uma mesa e uma cadeira encostadas na parede.
Há um abajur aceso em cima da mesa.
Há um senhor calado sentado na cadeira.
Parece estar desenhando numa folha de papel em branco.
Nenhum desenho feito lhe agrada.
E seu vazio aumenta a cada momento.
A angústia toma conta do seu ser.
Tudo parece fora do lugar.
A melancolia lhe dá insegurança.
Uma insegurança instalada em seu peito.
Sua produção não lhe agradava.
E acabam amassadas.
Jogadas no chão.
Os sentimentos entram em crise.
Amor,
Ódio,
Solidão.
Porque não conseguem se definir.
Não conseguem se encontrar.
Não consegue mudar o seu agir.
O agir que se repete novamente.
Tudo começa.
Tudo termina.
No mesmo lugar.

POR: Jaqueline dos Santos Ribeiro Amorim